quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Porquê ANDAR DE MONO?





Andar de mono é FABULOSO!

PORQUÊ?



- É uma actividade desportiva (apenas considerado desporto em poucos países... Exemplo: Japão, mais de 1 Milhão de monociclistas...), cujo esforço está entre a corrida e o BTT. O ritmo cardiovascular é elevado devido ao facto de não haver períodos mortos (nas descidas o esforço também é violento porque a travagem é feita com os pedais, logo não dá para descansar) e nas subidas o esforço é brutal porque não há desmultiplicação e muitas das vezes vai-se a pé! 

- Pelo facto de se andar em equilíbrio a sensação é de flutuar e em pisos planos praticamente o esforço de progressão é nulo. Basta decompôr o vector peso quando o mono tem alguma inclinação para verificar que o peso neste caso faz-nos andar á borliu!!!!!

- O mono é pequeno, leve e não tem a manutenção de outros veículos a pedal... Até ver, só gasta pneus.... A Shimano ainda não vende nada para monos... Podemos usar um táxi para voltar ao ponto de partida ou podemos andar 365 dias do ano com um mono no porta bagagens do carro... á espera de uma escapadela...

- IDEAL PARA COMUTAR entre o trabalho e casa. Fácil de transportar nos transportes públicos.


- Silêncio total. Só o rolar do pneu produz ruído. Andar de mono é o expoente máximo no que diz respeito ao apreciar da natureza. Só a paisagem interfere connosco!!!

- Bi-direccionalidade, pode-se andar nas duas direcções...

- Move toneladas de músculo... não são só as pernas que funcionam. Há um montão de musculos que nunca usamos que passam a servir para manter o equilibrio. Abdominais incluídos!

- Desafio Infinito: em qualquer lado existem desafios novos que nos vão fazer ultrapassar os nossos limites anteriores. Descer escadas, saltar mais de 1 metro, andar só com um pé... ou sem nenhum são coisas que vão demorar anos a a conseguir...

- Originalidade: não se consegue ultrapassar o impacto de um monociclista a passar numa zona pública!!! É quase escandaloso!!!!



As "bocas" que se ouvem vão dar origem a um novo tópico....

Boas pedaladas!


As minhas fotos de mono: aqui!

MS

Aprender a andar...





A aprendizagem é provavelmente o maior obstáculo ao avanço deste desporto, no entanto não corresponde inteiramente á realidade ou seja, é dificil, mas não tanto como parece!

Parte-se do principio que QUALQUER pessoa pode conseguir andar, o que varia são os tempos de aprendizagem. Como bitola digamos que um valor médio será cerca de 15 horas de treino para fazer os primeiros 20m a solo. Nada mau!!!

Uma regra que tambêm se aplica é multiplicar por 4 o tempo que se demorou a aprender a  andar de bicicleta...

Quem sabe esquiar, fazer windsurf, andar de skate 
ou patins leva vantagem. 

O físico deve estar em boas condições porque esta fase é muito exigente fisicamente, em particular os joelhos. Na fase de aprendizagem é normal que os joelhos fiquem duridos devido ao esforço violento a que são sujeitos. Repousar entre treinos é essencial para recuperar os joelhos (e não só...) e é mais eficaz fazer treinos curtos separados por várias horas que fazer treinos longos.

Atenção ao ajuste da altura do banco que pode ser a causa principal para dores nos joelhos.

Como começar?
Vou dar umas dicas a título meramente pessoal e que funcionaram na perfeição comigo.



1 -  O Mono de aprendizagem 

Arranjar um mono com roda de 20". Embora teóricamente se possa aprender com outros tamanhos de roda este é o mais indicado para começar. 

Ajustar a altura do banco por forma que a perna fique práticamente esticada

quando o pedal está na parte mais baixa. Verificar a pressão do pneu que deve  tal que práticamente não faça barriga quando sentado. Apesar de parecer simétrico o mono tem uma direcção definida. Para identificá-la veja o banco que é mais gordo atrás ou tente ver as letras R e L escritas nos veios dos pedais.  O pedal R é o direito e o L é o esquerdo. O banco pode ter ou não uma pega. Na fase de aprendizagem não se deve usar a pega. 

Quando o mono vai a caír não se deve tentar segurá-lo. Não há azar, ele está feito para caír!

Arranjem um local plano sem obstáculos e de preferência com um corrimão ou  uma parede para se poderem apoiar.



2 - Montar e desmontar

Talvez pareça estranho como é que se começa a treinar primeiro o montar e desmontar se ainda não se sabe andar... Bem, é que não é nada fácil!  Além disso vai aumentar a confiança na etapa seguinte e evitar desgraças como quedas violentas. Para montar, coloque-se atrás do mono e segure-o pelo banco. Gire a roda por forma que um dos pedais (esquerdo ou direito) fique dirigido para trás numa posição quase horizontal (na posição "10 para as 4" ou "20 para as 2"). Apoie-se numa parede e coloque o seu pé correspondente ao lado do pedal ao mesmo tempo que se senta no banco. Quase simultâneamente coloque o outro pé no outro pedal. Tente várias vezes com o lado esquerdo e direito e veja qual dos dois é mais confortável. 

Esse será o seu lado dominante e passe a usá-lo sempre. 

Para desmontar basta inclinar-se para trás e retirar um só pé do pedal e colocá-lo rápidamente no chão. Convêm repetir esta sequência de montar e desmontar várias vezes até se sentir alguma confiança.



3 - Andar

Depois de montar, vamos ficar sentados em cima do mono apoiados num corrimão ou numa parede e com os pedais na posição horizontal. Partindo dessa posição e sempre apoiados vamos começar a pedalar meia volta para a frente seguida de meia volta para trás. Vamos repetir este ciclo até sentirmos confiança. De seguida fazemos o mesmo mas com uma volta completa dos pedais... e depois duas, sempre para a frente e para trás. Olhar em frente e não para a roda.

Uma regra de ouro na técnica do monociclismo  é fazer o máximo de pressão no banco enquanto se está sentado. Quanto mais sentados estiverem menos força fazem nos pedais...

Ao fim de 1 hora a fazer este exercicio já sentimos que a dependência do apoio diminuiu e com 5 ou 6 horas de treino já seremos capazes de largar por uma ou duas pedaladas o apoio do corrimão ou da parede...
Depois dá-se o fenómeno: sem mais nem menos, um dia, largamos o apoio de vez e desatamos a pedalar pelo espaço fora a tentar ir cada vez mais longe. Aí começa o verdadeiro gozo do monociclo. 

A sensação é única e parece que estamos a flutuar...
A partir daqui estão AGARRADOS!!! É altamente aditivo...

Bem vindos ao monociclismo!!!

E como é que se vira?  Não percam os próximos capítulos...

MS

domingo, 12 de outubro de 2008

Contactos - Contacts
















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Cumprimentos.




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Regards.

sábado, 11 de outubro de 2008

As Máquinas em geral. Os MUNI em particular




Os monos são máquinas muito simples. São constituídas por UMA  roda com 36 ou 48 raios, cujos tamanhos variam conforme a modalidade para que são usados. Os tamanhos mais usados são:

Roda 20" - Trial, Aprendizagem, Indoor, Freestyle, MUNI
Roda 24" - MUNI, Competição
Roda 29" - MUNI, estrada
Roda 36" - Estrada (conhecido por Cooker)



Os monos de MUNI têm pneus cardados com uma largura entre 2.3" e 3", podem ter travão,  que normalmente é hidráulico devido á largura do pneu e á suavidade. O mais usado é o Magura HS33 que equipava as BTTs antes de haver travões de disco. Os quadros dos MUNI são de alumínio ou aço e têm por vezes suporte para travão.

Os pesos dos monos de montanha (MUNIs) são mais ou menos os seguintes:  20" - 5 a 6.5 Kg;  24" - 7.5  a 9.5Kg;  29" - 6.5 a 8.5kg. 

As rodas têm cubos de tracção directa (ao contrário das bicicletas que têm roda livre) e não têm mudanças (já existe 1 cubo com 2 mudanças, 1x1 e 1x1.5). Devido ao facto de não haver mudanças o comprimento dos cranks é crucial para o desempenho em termos de velocidade e binário. A relação entre o tamanho da roda e o comprimento dos cranks é mais ou menos standard embora possa variar conforme o gosto pessoal. Assim sendo cá vai a relação habitual:

Roda 20" - Cranks 125 mm a 145mm  - Vel Média 4-7 Km/h
Roda 24" - Cranks 145mm a 170mm  - Vel Média 7 - 11 Km/h
Roda 29" - Cranks 125mm a 165mm  - Vel Média 8 - 14 Km/h
Roda 36" - Cranks 110mm a 165mm  - Vel Média 12 - 20 Km/h

Quanto maiores forem os cranks maior é o binário e menor a velocidade e vice-versa. Um mono de estrada tem cranks pequenos para ser rápido e portanto veloz e um MUNI tem cranks grandes para poder subir e saltar melhor. 

Os cubos usam rolamentos selados nas extremidades e os quadros têm os terminais redondos por forma a agarrar os rolamentos através de umas peças em U que apertam ao quadro.

Os cranks e os cubos usam várias formas de encaixarem e as mais conhecidas são o modelo quadrado conhecido por UDC e o modelo estriado conhecido por ISIS. A robustez do ISIS é superior ao UDC e portanto os MUNI têm cranks e cubos ISIS, alêm de que são mais leves do que os UDC.

Os pedais dos MUNIS são normalmente do tipo BMX ou seja de plataforma. Têm que ser grandes e agarrarem bem o sapato. Não são usados pedais SPD (os que prendem os pés) porque se tornam extremamente perigosos, uma vez que não é possível prever um UPD (Un exPected Dismount - Desmontagem não esperada... Vulgo MALHO!). Para agarrarem o sapato têm bicos ou parafusos espalhados pelo pedal por forma a cravarem-se na sola do sapato e evitarem que o pé escorregue no pedal.

Os bancos ou assentos dos monociclos (em inglês SADDLE) são peças muito importantes para o bom funcionamento do conjunto formado por conductor - monociclo. O banco é uma das peças mais importantes  do mono porque o peso do conductor assenta quase integralmente no banco e portanto tem que ser confortável (dentro do possível...) além de que, devido ao facto de não haver suspensão, todas as pancadas no solo são reflectidas no banco e nos pedais. Por outro lado a condução dos monos é feita sem guiador e o banco assume quase essa funcionalidade tendo inclusivé uma pega que permite estabilizar o mono e ajuda também em certas manobras como saltar etc. Por tudo isto os bancos dos monos são enormes e pesados. Ainda há outra questão importante que é : quando o mono cai, a parte que bate é sempre o banco... Por isso os bancos têm batentes em plástico que absorvem as pancadas e podem ser substituídos separadamente.
Como os bancos são  bastante mais largos que os das bicicletas não são tão danosos para a próstata e afins, isto segundo alguns especialistas. 

A característica mais importante de um mono é a robustez e isso é primordial nos MUNI e nos monos de TRIAL uma vez que são usados em condições extremas de esforço devido aos saltos e ás pancadas que dão no solo quando caem violentamente. O peso é outra característica importante e quanto mais leve e robusto melhor...
                             


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eles andam aí!!!!

Vejam esta espectacular partida para uma prova de Cross Country (XC) na Suécia no passado mês de Agosto integrada no campeonato mundial de monociclo, conhecido por UNICON. É realizado de 2 em 2 anos, sendo o próximo na Nova Zelândia!



Agora já sabem o que irá acontecer nos próximos anos por cá...
Centenas de monociclistas tal e qual os biciclistas...

Por enquanto... a prata da casa!




Abr

MS

domingo, 21 de setembro de 2008

Finalmente!


Já está!

De hoje em diante há um Blog de Monociclismo em Portugal.

Vou tentar manter o mesmo da melhor forma possível e espero conseguir atingir os objectivos, que são: 

- Divulgar o monociclismo como sendo um magnífico DESPORTO, nomeadamente na versão de monociclismo de montanha, em inglês abreviado por MUNI (Mountain Unicycling).

- Divulgar as actividades que vão decorrendo.

- Cativar novos elementos para a prática da modalidade.

- Fazer de preâmbulo ao lançamento de um site dedicado aos "monos"(abrev. de monociclos).



Abraços e boas pedaladas

Mário Silva