Depois de semanas a fio sem haver um dia daqueles que apetece mesmo saír à rua e gozar o sol, eis que, finalmente, o sol dá um sorriso e nós fartos que estávamos de manter os monos parados fomos dar uma voltinha...
Começámos por explorar o parque da Bela Vista e aí fizemos cerca de 14 kms nos caminhos alcatroados que circundam o parque. De notar a completa ausência de infra estruturas neste parque e a correspondente sensação de desperdício uma vez que a zona é lindíssima. Vale o Rock in Rio para salva-lo, seguramente!
Depois, já próximo da hora de almoço, fomos até à Expo e aí o cenário era bastante diferente. Parecia o metro à hora de ponta... Lá fomos até Sacavém e ainda fizemos o caminho do Tejo até ao portão do Trancão. Voltámos aos carros e estavam cumpridos 30kms de sorrisos!
Chegou finalmente a hora de testar verdadeiramente a capacidade das rodas grandes vencerem distâncias duma forma fácil.
Fiz com o Nuno Freire 63kms seguidos, numa viagem desde a Azambuja até à Estação de Mato Miranda a 5 kms da Azinhaga do Ribatejo seguindo o caminho do Tejo e o caminho de Santiago.
Fomos surpreendidos pelo facto de não sentirmos o cansaço nas pernas que estávamos à espera de sentir para uma distância destas e até me arrisco a dizer que de bicicleta estaríamos mais cansados do que de mono. Saímos da Azambuja já passavam das 12:30... e fomos descontraídamente pelo caminho do Tejo até Santarém. Chegados à estação de combóio de Santarém a ideia era apanhar o combóio de volta à Azambuja mas fruto de termos ainda uma hora de espera e de estarmos bastante frescos arriscámos seguir pelo caminho de Santiago na direcção do Entroncamento. Chegados à Azinhaga fomos ao café habitual comer umas sandes e fomos brindados com uma multidão incrédula por ver dois maduros a andar numa só roda. Quando saímos do café estavam dezenas de pessoas na rua para nos ver arrancar...
5 kms depois estávamos em Mato Miranda à espera do combóio que nos iria trazer de volta à Azambuja. Era noite cerrada. Foi uma experiência muito gira e surpreendente. Ficou provado que os monos de roda 36 são autênticos devoradores de kms. Fizemos uma média de 12km/h e por vezes rolámos a mais de 20km/h, nada mau para uma primeira experiência. O próximo desafio será fazer 100kms ou mesmo mais mas em alcatrão. Fotos do passeio aqui
Olá, tenho 50 anos (ai,ai...), vivo em Lisboa e faço BTT desde 1992 e monociclismo desde Março de 2008. Gosto em particular de monociclismo de montanha (MUNI) e estou a tentar divulgar este desporto em Portugal onde práticamente ainda não há praticantes ao contrário de quase todos os países da Europa já para não falar noutros continentes como América e Austrália onde existem muitos clubes de praticantes.
Mario Silva